As lutas diárias de todas as mães são tantas que são difíceis palavras para exprimí-las. Mas nada deve ser mais dolorido do que o desaparecimento de um filho, ainda mais quando sobre este desaparecimento pairam suspeitas de tortura e assassinato sob a égide do próprio Estado.
Se a história é "um profeta com os olhos voltados para trás", que não nos esqueçamos dos episódios mais sombrios das ditaduras na América Latina.
Neste sentido gostaria de homenagear todas as mães com um olhar sobre o potencial transformador que representam através do exemplo de luta das Mães da Praça de Maio.
O poema a seguir foi extraído do endereço http://www.overmundo.com.br/banco/maes-da-praca-de-maio em 09 de maio de 2010.
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Paula Goto
MÃES DA PRAÇA DE MAIO
Simbolizam o maior amor, a consciência e a combatividade.
Resistiram a repressão e terror, com galhardia e dignidade.
São Mulheres Diamantinas, maravilhosas e obreiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam um grande ideal, do direito da Liberdade.
Uma existência sem igual, de justiça como finalidade.
São Mulheres de disciplina, invencíveis nas trincheiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam a Ternura, e também a Guevárica firmeza.
Enfrentaram a terrível tortura, com Ética e Nobreza.
São Mulheres Femininas, todas batalhadoras ordeiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam a Fé do mundo, numa energia inabalável.
Convicção no mais profundo, e uma garra admirável.
São Mulheres Jacobinas, de representação verdadeira.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam a Esperança, dum sonho digno a buscar.
Pros povos Bem Aventurança e compromisso de lutar.
São Mulheres Celestinas, e de Santas elas são herdeiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam a imensidão, e a perspectiva para o amanhã.
Possibilidade de transformação, e de nascer nova cidadã.
São Mulheres Inquilinas, as mais Divinas Companheiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam a História, no mais sublime da luta popular.
Guardiãs da memória, pra persistirmos no caminhar.
São Mulheres de Platina, são universais e primeiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Simbolizam o povo Latino, simbolizam a Humanidade.
Como poesia e como Hino, nos unindo em irmandade.
São Mulheres Heroínas, elas próprias são bandeiras.
Na Praça de Maio na Argentina, Santas Mães Guerreiras.
Azuir Filho e Turmas: do Social da Unicamp e, de Amigos:
de Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.
sábado, 8 de maio de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos
Pela oportunidade que tive de conhecer este tremendo cientista político em palestra recente sobre o seu novo livro, "Brasil, entre o Passado e o Futuro", é que rendo minhas homenagens aos muitos trabalhadores neste 1º de maio defendendo a bandeira da redução da jornada de trabalho e divulgando Emir Sader para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer este valioso pensador social.
Pelo reconhecimento do nosso valor no mundo do trabalho e pela apropriação coletiva dos benefícios propiciados pelo avanço tecnológico, que é gerado pelo conhecimento acumulado da sociedade, é que a redução da jornada de trabalho se torna uma necessidade para a própria existência de um mundo que se pretenda minimamente pautado dentro dos princípios de justiça social e sustentabilidade.
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Paula Goto
DIA DO TRABALHADOR: TRABALHAR MENOS, PARA TRABALHAR TODOS
Artigo de Emir Sader*
O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.
Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.
A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.
Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho – uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.
Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.
Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.
Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho
*Reproduzido do Blog do Emir no Sítio da Carta Maior (29/04/2010)
Pelo reconhecimento do nosso valor no mundo do trabalho e pela apropriação coletiva dos benefícios propiciados pelo avanço tecnológico, que é gerado pelo conhecimento acumulado da sociedade, é que a redução da jornada de trabalho se torna uma necessidade para a própria existência de um mundo que se pretenda minimamente pautado dentro dos princípios de justiça social e sustentabilidade.
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Paula Goto
DIA DO TRABALHADOR: TRABALHAR MENOS, PARA TRABALHAR TODOS
Artigo de Emir Sader*
O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.
Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.
A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.
Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho – uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.
Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.
Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.
Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho
*Reproduzido do Blog do Emir no Sítio da Carta Maior (29/04/2010)
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