sábado, 28 de agosto de 2010

28 de Agosto, Dia d@ Bancári@

Colegas,

Gostaria de parabenizar a todos nós pelo nosso dia!

E, perante toda a realidade que estamos vivenciando no mundo do trabalho, aproveitar para lembrarmos que esta é uma data de luta, que visa homenagear os grevistas de 1951, que orgulhosamente encamparam as bandeiras da categoria, participando da greve que seria histórica.

Muito temos para lutar, exigindo a equiparação de direitos e o avanço dos direitos, com a elevação do piso salarial, aumentos reais, um plano de carreira que valorize o bancário ao longo do tempo em que se dedica à empresa, valorização da mulher, inclusão das pessoas com deficiência em todas as instâncias e política de combate ao racismo e à homofobia não somente na questão macro da cultura organizacional da empresa como no cotidiano das relações no ambiente de trabalho, promovendo uma verdadeira cultura da diversidade.

Vamos seguir lutando e fortalecendo a categoria e a classe trabalhadora!

Um forte abraço!

Paula Goto

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gaúchos e Catarinenses promovem Encontro pela Isonomia dia 11 de setembro

Gaúchos e Catarinenses promovem Encontro pela Isonomia dia 11 de setembro


Seguindo as deliberações do II Encontro Estadual pela Isonomia e buscando contribuir para a criação de um grande movimento nacional pela aprovação do PL 6229 e reparar uma injustiça que já dura 12 anos, a APCEF/RS, ao lado da APCEF/SC, Fetrafi-RS e SindBancários, convida para um grande Encontro Interestadual pela Isonomia. O evento será realizado no dia 11 de setembro (sábado) em Florianópolis.

O encontro unirá empregados da Caixa e do BB pela igualdadade de direitos.

Outro Banco do Brasil é possivel



O número de queixas contra os bancos voltou a subir em julho. De acordo com dados do ranking de instituições, divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira 17, as reclamações registraram aumento de 1,32%. Ao todo, foram 618 casos no mês passado, considerando os estabelecimentos financeiras com mais de um milhão de clientes, contra 610 registrados um mês antes.

No sétimo mês do ano, o Banco do Brasil ocupou o primeiro lugar do ranking realizado pelo BC depois de ter sido liderada nos últimos dois anos pelo HSBC. O índice de reclamações foi de 0,62 a cada 100 mil pessoas. Na sequência vieram Itaú, Bradesco, HSBC e Santander.

Frente ao mesmo mês de 2009, o número de reclamações contra bancos também foi maior. Ainda considerando aqueles com mais de um milhão de clientes, as queixas contra as instituições bancárias aumentaram 14,45%, já que naquele mês o total de reclamações somou 540.

"O Banco do Brasil também é campeão em assédio moral e falta de condições de trabalho" destaca Pedro Loss

Outro Banco do Brasil é preciso. Pessoas em Primeiro Lugar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

morte de bancário do BB no Rio após assédio moral

Ato público marca 7º dia da morte de bancário do BB no Rio após assédio moral

Ao meio-dia da última terça-feira, dia 10, o clima pesou na calçada em frente ao edifício SeDan, sede administrativa do BB no Rio de Janeiro. O Sindicato dos Bancários dos Rio fez um ato público para lembrar o 7º dia da morte de Luís Carlos Lyra, funcionário do banco que morreu do coração depois de ser descomissionado como punição por não cumprir as metas estabelecidas pelo banco.

Um esquete - dramático, fugindo do tradicional estilo bem-humorado - da Cia. de Emergência Teatral sobre sofrimento, perda e dedicação emocionou os presentes. Ao final da apresentação, funcionários do prédio e sindicalistas deixaram flores na fachada do prédio, em alusão à morte do bancário.

Solidários na adversidade

Entre os funcionários do SeDan presentes à manifestação, alguns tinham boas razões para ficarem alarmados. Está em curso uma reestruturação de departamentos do banco que está fazendo pairar sobre as cabeças dos empregados o pânico do descomissionamento.

Na Contadoria Geral - CoGer e na GeCoi - Gerência de controle Interno já houve casos de trabalhadores transferidos e descomissionados. Na CoGer, que já vinha sendo assombrada pelas mudanças, cinco funcionários já deixaram seus cargos: um se aposentou; outro, com dez anos de banco, deixou a empresa após passar em concurso público para a FINEP; e três foram trabal har na DTVM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.

As vagas deixadas por eles não foram preenchidas no Rio de Janeiro. "O banco havia acenado com a possibilidade de fazer um estudo e realizar a reestruturação num prazo de três anos. Mas, antes mesmo do estudo estar pronto, as mudanças já começaram. Estas três vagas foram transferidas para Brasília, onde vai se concentrar a operação da CoGer", informa Maurício Zanazi, empregado do departamento. Na GeCoi a situação também é difícil e já houve transferências para a rede de atendimento e para São Paulo.

Para os bancários, o prejuízo do descomissionamento não é só no contracheque de cada mês, mas também na renda futura. Além da redução salarial alterar o cálculo da aposentadoria pelo INSS, também afeta o saldo de contribuições do fundo de pensão do BB, a Previ.

Aos funcionários que ingressaram no banco antes de 1998, a situação é menos dramática já que, com o superávit do plano a que estão vinculados as contribuições foram suspensas temporariamente. Mas os pós-98, que ainda contribuem mensalmente, o impacto é significativo, já que o valor depositado no fundo é um percentual do salário

domingo, 1 de agosto de 2010

Um suicídio a cada 20 dias nos bancários

Extraído do sítio do Sindicato dos Bancários DF: http://www.bancariosdf.com.br/bancariosdf/index.php?option=com_content&task=view&id=4820&Itemid=81

Bancos abusam - um suicídio a cada 20 dias entre os bancários
06/10/2009
Reportagem publicada no site da UnB (www.unb.br) mostra resultados impressionantes de uma pesquisa entre bancários: em 10 anos, 181 pessoas que trabalhavam em bancos tiraram a própria vida. Pressão e assédio moral estão entre as causas. Leia, a seguir, a íntegra da reportagem.

Secretaria de Comunicação da UnB - Lorena Castro


Pesquisa inédita da UnB revela que, entre 1996 e 2005, 181 bancários cometeram suicídio. Uma média de um suicídio a cada 20 dias, segundo informações reunidas pelo Ministério da Saúde. “Eu quis verificar se um fator social – as pressões no ambiente de trabalho – poderia contribuir para desencadear transtornos mentais de tal gravidade que as pessoas perdiam a vontade de viver”, explica Marcelo Finazzi, mestre em Administração pela UnB e autor da dissertação Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho.

Dados obtidos junto a um grande banco mostraram que, entre 1995 e 2008, 32% dos afastamentos de bancários decorreram de doenças do tecido músculo esquelético, como as Ler/Dorts, transtornos diretamente correlacionados com problemas da organização do trabalho. Outros 23% apresentaram transtornos mentais. Outro estudo, encomendado por entidades de classe dos bancários em 2006, demonstrou que aproximadamente 18 mil profissionais do país sofriam, à época, ideação suicida (vontade de tirar a própria vida).

Marcelo associa a taxa de suicídios e doenças do trabalho às transformações ocorridas no mercado financeiro a partir da década de 1990. No período, 430 mil bancários foram demitidos no Brasil. Se antes os bancos tinham lucros com a inflação, após 1995 o papel do bancário mudou. “Ele passa a ser vendedor e consultor. As cobranças se acentuaram”, afirma. O vínculo estabelecido entre as empresas e o trabalhador muda bruscamente e passa a ser o de submissão.

ASSÉDIO MORAL - “As pessoas que antes faziam carreira nos bancos e se aposentavam nas empresas se deparam com um contexto em que seus empregos não estão mais garantidos”, declara o pesquisador. O custo para o trabalhador foi muito alto. Ele foi convidado a ser dono da própria carreira, em nome do lucro. Além de pressão por causa das demissões, começaram as violências, como as múltiplas formas de assédio moral.

Marcelo entrevistou ainda quatro bancários que estavam afastados do trabalho por conta de sérios transtornos mentais e a família de uma pessoa que se suicidou por razões profissionais. As perguntas tratavam de vivências positivas e negativas no trabalho. “Não queria tocar de imediato no suicídio, porque poderia induzi-los, mas eles estavam cientes das perguntas sobre temas difíceis. Consegui a confissão espontânea dos entrevistados”, reforça.

Os entrevistados e a família do suicida manifestaram, por conta própria, a correlação entre as violências vivenciadas no trabalho e a vontade de morrer. Segundo Marcelo, o suicídio é um assunto demasiadamente complexo para se fazer simples conexões lineares. “O trabalho apareceu como fator importante, mas não podemos descartar outros fatores, como questões genéticas, familiares, econômicas e sociais”, disse.

Para o autor, o estudo indica a necessidade de humanização das relações de trabalho nas empresas. “Falta o cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às violências do trabalho”, conclui.

Marcelo Finazzi é graduado e mestre em Administração na UnB.
Contato pelo email: marcelofinazzi@hotmail