sexta-feira, 13 de agosto de 2010

morte de bancário do BB no Rio após assédio moral

Ato público marca 7º dia da morte de bancário do BB no Rio após assédio moral

Ao meio-dia da última terça-feira, dia 10, o clima pesou na calçada em frente ao edifício SeDan, sede administrativa do BB no Rio de Janeiro. O Sindicato dos Bancários dos Rio fez um ato público para lembrar o 7º dia da morte de Luís Carlos Lyra, funcionário do banco que morreu do coração depois de ser descomissionado como punição por não cumprir as metas estabelecidas pelo banco.

Um esquete - dramático, fugindo do tradicional estilo bem-humorado - da Cia. de Emergência Teatral sobre sofrimento, perda e dedicação emocionou os presentes. Ao final da apresentação, funcionários do prédio e sindicalistas deixaram flores na fachada do prédio, em alusão à morte do bancário.

Solidários na adversidade

Entre os funcionários do SeDan presentes à manifestação, alguns tinham boas razões para ficarem alarmados. Está em curso uma reestruturação de departamentos do banco que está fazendo pairar sobre as cabeças dos empregados o pânico do descomissionamento.

Na Contadoria Geral - CoGer e na GeCoi - Gerência de controle Interno já houve casos de trabalhadores transferidos e descomissionados. Na CoGer, que já vinha sendo assombrada pelas mudanças, cinco funcionários já deixaram seus cargos: um se aposentou; outro, com dez anos de banco, deixou a empresa após passar em concurso público para a FINEP; e três foram trabal har na DTVM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.

As vagas deixadas por eles não foram preenchidas no Rio de Janeiro. "O banco havia acenado com a possibilidade de fazer um estudo e realizar a reestruturação num prazo de três anos. Mas, antes mesmo do estudo estar pronto, as mudanças já começaram. Estas três vagas foram transferidas para Brasília, onde vai se concentrar a operação da CoGer", informa Maurício Zanazi, empregado do departamento. Na GeCoi a situação também é difícil e já houve transferências para a rede de atendimento e para São Paulo.

Para os bancários, o prejuízo do descomissionamento não é só no contracheque de cada mês, mas também na renda futura. Além da redução salarial alterar o cálculo da aposentadoria pelo INSS, também afeta o saldo de contribuições do fundo de pensão do BB, a Previ.

Aos funcionários que ingressaram no banco antes de 1998, a situação é menos dramática já que, com o superávit do plano a que estão vinculados as contribuições foram suspensas temporariamente. Mas os pós-98, que ainda contribuem mensalmente, o impacto é significativo, já que o valor depositado no fundo é um percentual do salário

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